O fornecimento de armas e equipamentos militares por parte da UE (União Europeia) à Ucrânia devido à invasão do país pelas forças russas vai desestabilizar ainda mais a situação e terá “consequências perigosas”, advertiu nesta segunda-feira (28) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
“O envio de armamentos, equipamentos militares para o território da Ucrânia, do nosso ponto de vista, pode ser e será um fator extraordinariamente perigoso e desestabilizador, que em nenhum caso contribuirá para a estabilidade da Ucrânia e para a restauração da ordem”, disse Peskov em entrevista coletiva.
Ele destacou que, a longo prazo, esse passo da UE poderá ter “consequências muito mais graves”.
“Isto mais uma vez confirma que as medidas que a Rússia está tomando foram corretas”, declarou.
“A União Europeia é uma associação que adota uma posição pouco amistosa em relação a nós e toma medidas hostis. Chamando as coisas pelos nomes, de caráter inimigo em relação a nós”, acrescentou.
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, elogiou hoje a decisão da UE de, pela primeira vez em sua história, organizar e financiar, com 500 milhões de euros, o fornecimento de armas em uma guerra envolvendo um país de fora do bloco.
Primeira reunião
As comitivas da Ucrânia e da Rússia estão em Belarus para uma primeira negociação entre os dois países, de acordo com a assessoria do presidente ucraniano Volodmir Zelenski. A conversa deve se concentrar em alcançar um cessar-fogo imediato e a retirada das forças russas. A Rússia só vai se pronunciar após negociação.
R7.com
Foto: GENYA SAVILOV / AFP