O Senado Federal atingiu o número mínimo de assinaturas necessárias para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a má gestão e os prejuízos nos Correios, que, sob a liderança de Fabiano Silva dos Santos, acumularam um rombo superior a R$ 3 bilhões em 2024.
O senador Márcio Bittar (União Brasil-AC), responsável pela coleta das 28 assinaturas, afirmou que a CPI irá se debruçar sobre quatro questões centrais: irregularidades na gestão financeira e administrativa da estatal, problemas operacionais que afetam a qualidade e o custo dos serviços prestados, interferências políticas nas decisões da empresa e a má gestão do fundo previdenciário dos Correios.
A lista de senadores que apoiaram a criação da comissão inclui nomes de diferentes partidos, como Rogério Marinho (PL-RN), Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos Rogério (PL-RO), e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), demonstrando um apoio significativo e plural. Com as assinaturas formalizadas, o próximo passo será a aprovação da comissão e a escolha dos membros que irão conduzir as investigações.
O foco da CPI é apurar as causas do déficit de mais de R$ 3 bilhões na estatal, uma situação que tem gerado críticas e preocupações sobre a eficiência da gestão pública. A comissão poderá aprofundar as investigações sobre como os Correios, uma das maiores estatais do país, chegaram a esse nível de prejuízo.
Agora, com a coleta das assinaturas concluída, o Senado deverá seguir com os procedimentos para dar início à investigação, que promete trazer à tona os detalhes da administração dos Correios nos últimos anos.