O volume de serviços no Brasil caiu 3,1% em janeiro, primeiro mês do governo Lula, na comparação com dezembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira, 14, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o setor está 10,3% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 3,1% abaixo do ponto mais alto da série, que foi justamente em dezembro de 2022.
O acumulado em 12 meses passou de 8,3% em dezembro de 2022 (recorde) para apenas 8,0% em janeiro de 2023, menor resultado desde setembro de 2021 (6,8%).
A retração de 3,1% do volume de serviços em janeiro de 2023, na série ajustada sazonalmente, foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas, com destaque para os setores de transportes (-3,7%) e de outros serviços (-9,9%). O outro recuo do mês veio dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,5%).
“A queda do setor de transportes é explicada pela parte de armazenagem, que recuou 9%, com destaque negativo para gestão de portos e terminais; assim como o transporte aéreo de passageiros, que recuou 5,9% no mês”, explicou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE. Foi esse setor que exerceu a maior influência negativa no resultado do mês.
O setor de serviços vem de dois anos seguidos de resultados positivos, em razão da reabertura da economia depois da pandemia de covid-19. Neste ano, porém, pode não voltar a ganhar força, assim como o restante da economia, em razão da crise global e da inflação em alta.
Revista Oeste