A taxa de desocupação no Brasil recuou para 6,1% no trimestre encerrado em novembro, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (27). Este é o menor patamar desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012. A queda de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior e de 1,4 p.p. comparado ao mesmo período do ano passado reflete uma significativa redução na população desocupada, que hoje soma 6,8 milhões de pessoas, 510.000 a menos do que no trimestre passado.
A população ocupada, que alcançou a marca histórica de 103,9 milhões de pessoas, cresceu 1,4% no trimestre (mais 1,4 milhão de pessoas) e 3,4% no ano (mais 3,4 milhões de pessoas). A taxa de ocupação, que representa a proporção de pessoas empregadas entre a população em idade de trabalhar, subiu para 58,8%, também um recorde histórico.
Além disso, a subutilização da força de trabalho – que inclui aqueles que estão desempregados, trabalham menos do que poderiam ou sequer buscam emprego – foi de 15,2%, o menor índice desde 2014. A população subutilizada também registrou queda significativa, com redução de 725.000 pessoas no trimestre e de 2,2 milhões no ano.
O mercado de trabalho formal também apresentou avanços, com 39,1 milhões de pessoas no setor privado com carteira assinada, marcando uma alta de 1,3% no trimestre e 3,7% no ano. A informalidade, embora ainda alta, teve uma leve redução, alcançando 38,7% da população ocupada.
Outro dado relevante é o crescimento da massa de rendimento real habitual, que atingiu R$ 332,7 bilhões, um aumento de 7,2% em relação ao ano passado. O rendimento médio do trabalhador foi de R$ 3.285, indicando que, além da recuperação no número de empregos, houve um aumento na remuneração no país.