Eryx Moraes
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (4) um memorando que restabelece a política de “pressão máxima” contra o Irã, com o objetivo de impedir que o país desenvolva uma arma nuclear de forma independente.
Trump afirmou que teve hesitação antes de assinar a medida, mas decidiu levá-la adiante. Apesar da postura agressiva, o presidente também declarou interesse em negociar com o Irã e confirmou sua intenção de dialogar com o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
“É muito duro para o Irã”, disse Trump ao comentar a nova diretriz. “Espero que não tenhamos que usá-la muito.”
O memorando instrui o Departamento do Tesouro dos EUA a intensificar as sanções econômicas contra o Irã e seus aliados, incluindo restrições à venda de petróleo iraniano no mercado internacional. A iniciativa reforça a estratégia de isolar economicamente Teerã para pressioná-la a abandonar supostos planos nucleares.
Em um tom mais beligerante, Trump afirmou que, caso o Irã execute um plano para assassiná-lo, os Estados Unidos retaliariam com força. “Se tentarem algo assim, o Irã será destruído”, declarou o presidente. Segundo Trump, qualquer tentativa de retaliação iraniana resultará em uma resposta militar contundente por parte dos EUA.
A declaração ocorre em meio às investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que em novembro do ano passado revelaram um suposto complô de agentes iranianos para assassinar Trump. De acordo com os investigadores, um dos suspeitos teria sido incumbido por um funcionário do governo iraniano de planejar o atentado antes das eleições presidenciais de 2024. A operação teria como objetivo vingar a morte do general iraniano Qassem Soleimani, eliminado em 2020 em um ataque dos EUA durante o primeiro mandato de Trump.
Na semana passada, o governo iraniano alertou que qualquer novo ataque dos Estados Unidos ao Irã poderia desencadear uma “guerra total”. O restabelecimento da política de pressão máxima eleva ainda mais as tensões entre Washington e Teerã, reacendendo temores de um conflito de grande escala no Oriente Médio.
