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Vereadora de Assú expõe realidade de hospital depois de “ampla reforma” propalada pelo Governo 

Num relatório bem preciso, apresentado aos açuenses, Lucianny Guerra detalha o que viu e gravou depois de uma visita de inspeção. 

Foto: Reprodução

Nesta semana, a vereadora de Assú, Lucianny Guerra (Republicanos) apresentou à população daquele município um relatório referente a uma visita de inspeção que ela fez ao Hospital Regional Nelson Inácio dos Santos, depois que este foi submetido a uma “ampla reforma”, de acordo com o que tanto divulgou a governadora Fátima Bezerra através de seus meios de comunicação. 

A edil diz ter percebido que muito pouco foi feito diante do planejado, a começar pelo valor da obra, assinado em 03 de março de 2022. 

O dinheiro, veio do Banco Mundial, orçado inicialmente em R$ 3.8 miçhões, mas que, ao final, constatou-se cifra investida no valor de R$ 5.900 mil. Pouco ou quase nada foi feito.

“ Aqui estão: recursos do Banco Mundial, previsão de 6 meses, R$ 3 milhões e 800 mil reais para reforma que contempla a implantação e habilitação de 8 leitos para cuidados com a saúde mental. (não existe nenhum leito no hospital regional’, disse ela.

No referido hospital, era para ser encontrado, depois de mais de um ano de reformas, clínicas médicas e cirúrgicas renovadas, equipes de profissionais para realizar cirurgias de parto, de acordo com o que consta no projeto, mas, nada disso se constitui em realidade.

“Foi fechada a porta de entrada do hospital que era de urgência e emergência. Lá agora é um alojamento conjunto. Isso aí foi um planejamento da governadora, e que esse hospital ia ser referência para a maternidade. Então foi feito esse trabalho”, explica a parlamentar republicana.

No entanto, a vereadora faz questão de exaltar o que está feito: “No pronto socorro, do outro lado, foram encerradas as atividades, e agora são as salas PPP (parto, pré-parto e puerpério), exclusivas para a maternidade, para quando a  gestante ter o filho, ela já ir com ele para o alojamento, que dá para duas pessoas, uma delas acompanhante;  salas específicas para ultrassom. Isto tem!”, destaca.

De adordo com Lucianny, que faz as reclamações e diz ter como prová-las, algumas coisas se resolvem automaticamente. “Mas, a gente visitou 10 leitos de UTI, que não é barato. A equipe da UTI de Assú é básica e, com todos os custos, só tinha um paciente. Daí que tem pacientes, todos os dias, com demandas para obstetrícia no Assú, referenciados nas 12 cidades do Vale, mas, infelizmente, tendo de serem transferidas para Mossoró”, reclama.

E isso é uma constância, um hospital regional com toda sua equipe de funcionários, profissionais à disposição e, pelo menos, 9 salas de UTI sem serem utilizadas. “A gente não pode é ficar com um hospital daquele porte, com todos os funcionários competentes, lá dentro mas, sem realizar os serviços necessários. Então não adiantou de nada ter feito essa reforma, sem planejamento”.

PARCERIA – Outra coisa grave. Não existe cooperação entre Governos municipal e estadual. “O Estado entra com a estrutura; a gestão municipal era pra entrar com os profissionais já que o Estado não tá chegando junto. Mas isso, nem o prefeito, como médico, tem esse olhar, de empatia para chegar junto com esse serviço”, relata.

“Então, queria saber qual o objetivo de propagar os serviços, fazendo uma maquiagem. Lá está tudo à disposição e os serviços não funcionam. Se esse não era o perfil do hospital, fizesse a reforma em cima do que era real”, atesta.

Lucianny Guerra faz questão de exaltar que, foram realizados serviços de adaptação também no setor administrativo e na maternidade. Já na parte de refeitório, nada foi feito. Apenas muita propaganda.

TOMÓGRAFO – “Venho relatar que também, a governadora Fátima Bezerra, perdeu em 2021, um tomógrafo para Assú. Programado dentro dessa reforma, conforme disse um ex-diretor. Ele já ia preparar a sala pois, recursos de R$ 2 milhões estavam incluídos, para as instalações. Perderam a emenda de bancada e o tomógrafo não veio”, diz.

Essa emenda contemplaria ainda o Hospital Regional Dr. José Pedro Bezerra, o “Santa Catarina”, na zona norte de Natal e, o Hospital Regional Deoclécio Marques  em Parnamirim.

Em Assú, conforme a vereadora, está datado e assinado pelo secretário Cipriano Maia, que recebeu esse documento em 03 de julho de 2021.”Posso comprovar a assinatura do secretário e, mais uma vez, Assú perde o tomógrafo”.

“Então, várias barbaridades estão acontecendo no Hospital Regional de Assú. E ele precisa ter produção, precisa funcionar. Leitos têm, que era pra estar funcionando. Porque tem equipes, custos, e a gente precisa que o hospital dê resposta por que a gente não pode perdê-lo”, alerta.

Outra reclamação da vereadora é a de que muitas vezes, médicos prestadores de serviço àquela unidade hospitalar se recusam a realizarem atendimentos, haja vista não terem condições técnicas. Lhes faltam insumos, equipamento para oferecerem ao paciente um tratamento adequado.

Na propaganda do Governo, tudo está funcionando às mil maravilhas. Na realidade, quase nada funciona!

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Written by Gomes Sobrinho

Gomes Sobrinho é um empresário potiguar na área de comunicação e publicidade, trazendo consigo uma experiência rica de quase quatro décadas de atuação nesse setor. Sua trajetória inclui a liderança em veículos de destaque, principalmente em jornais impressos de alcance estadual no Rio Grande do Norte. Hoje, ele ocupa a posição de Presidente e CEO do sistema Mossoró News de Comunicação, além de assinar a coluna "Bastidores" nesse portal renomado.

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