“Se Álvaro Dias quiser me apoiar, seria bom para ele, porque ele estará devolvendo a alguém que deu a ele três anos à frente de uma prefeitura de uma capital, que ele jamais chegaria ali se eu não tivesse renunciado e entregue a ele a condição de ser prefeito de Natal”, afirmou o pré-candidato a senador Carlos Eduardo Alves (PDT), sobre o prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB).
A “cobrança” pública de compromisso para seu ex-vice-prefeito foi feita em entrevista à 102,7 FM de Caicó, quando Carlos Eduardo deixou subentendido que o gestor da Capital não teria, por méritos próprios, chegado à Prefeitura de Natal e que só conseguiu isso porque o pedetista renunciou ao cargo e o apoiou. A declaração de apoio de Álvaro Dias a Rogério Marinho foi o motivo da “chamada de atenção pública”.
“Ao que tenho visto e lido pela imprensa, Álvaro vai apoiar o ex-ministro e relator da reforma trabalhista, Rogério Marinho. Não conversei com Álvaro. Sei que, a ele, eu entreguei a grande oportunidade que ele não teve na vida. Entreguei a ele três anos de mandato à frente da Prefeitura de Natal. E na reeleição dele, o apoiei, indicando a vice-prefeita de Natal. Eu vou cuidar da minha campanha, os tucanos não têm nada a ver com a gente e com a nossa aliança política”, afirmou Carlos.
Rogério Marinho foi perverso
Carlos Eduardo elevou o tom e classificou seu adversário eleitoral, Rogério Marinho (PL), de “tremendamente perverso” para a classe trabalhadora, aposentados e pensionistas, que foram prejudicados com a Reforma Trabalhista. Rogério, na época, era deputado federal e relatou o projeto sancionado pelo então presidente Michel Temer (MDB), e que alterou mais de cem pontos da legislação trabalhista brasileira. E ressaltou que o aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) “empobreceu” os municípios brasileiros.
“Hoje, para se aposentar com salário integral, terá que trabalhar 40 anos. Antes, era 35 para homens e 30, mulheres. Nunca vi fazer uma reforma da previdência como Rogério Marinho fez, acabou com aposentadoria por tempo de serviço. Conheço gente que fez 60 anos, trabalhou 45 e não se aposentou. Qual é a média de vida do brasileiro?”, questionou.
Segundo ele, outra “maldade” foi com relação à pensão, que antes era de 100% em caso de falecimento e, após a mudança, ficou apenas 50%. Explanou sobre o cálculo da aposentadoria chamado Período de Base de Cálculo (PBC) e ainda sobre o fato de as mulheres em amamentação terem que atuar em atividades insalubres após os quatro meses de parto. Antes, esse prazo era de um ano. “Meu adversário foi perverso”, disse.
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