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Mídia tradicional questiona ação contra 8 empresários

Por enquanto, só há mensagens privadas no WhatsApp em que se fala de golpe; Moraes autorizou operações de busca e apreensão.

Luciano Hang, dono da Havan, é um dos empresários alvo da operação que tem gerado muitos questionamentos. Foto: Sérgio Lima/Poder360

Os 3 principais e mais tradicionais jornais impressos do Brasil publicaram editorais e artigos de opinião colocando em dúvida a operação da Polícia Federal, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, contra 8 empresários que trocaram mensagens privadas num grupo de WhatsApp falando sobre golpe de Estado.

Os jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo publicaram textos nos últimos 2 dias sobre a operação realizada pela PF em 23 de agosto de 2022, depois de autorização do ministro Alexandre de Moraes (do STF e presidente também do Tribunal Superior Eleitoral). O jornal Valor Econômico, que pertence ao grupo Globo e fala para o mercado financeiro e para o setor produtivo, ainda não se manifestou.

Em geral, as colunas de opinião e editorais levantam dúvidas sobre se havia elementos materiais de prova para que os 8 empresários tivessem seus endereços devassados pela PF, bem como seus sigilos bancários quebrados —além de serem proibidos de se manifestarem nas redes sociais.

O jornal Folha de S.Paulo escreveu editorial nesta 5ª feira (25.ago.2022) em que chama a operação de “ruidosa” e diz ser preciso “evitar que se borrem os limites entre a resistência intransigente contra atos antidemocráticos e o cerceamento à liberdade de expressão”. Complementa que o jornal defende uma “concepção ampla e vigorosa do direito à manifestação de opinião”.

O jornal “Folha de S.Paulo” fez editorial crítico a respeito da operação da PF contra 8 empresários que trocaram mensagens privadas no WhatsApp.

Na mesma Folha de S.Paulo, na edição de 4ª feira (24.ago) o colunista Hélio Schwartsman escreveu que a manifestação de “hostilidade” contra a democracia não deve ser considerada um delito. Afirma que uma “interpretação muito rigorosa das leis de defesa do Estado silenciaria várias correntes de pensamento”.

O colunista Hélio Schwartsman levanta dúvidas quanto à operação autorizada por Alexandre de Moraes.

Já no Estado de São Paulo, o editorial publicado nesta 5ª feira (25.ago.2022) pontua que se desconhece a motivação da decisão de Alexandre de Moraes, tampouco suas circunstâncias específicas da operação da PF. O jornal diz que o Estado deve investigar indícios de crime, mas sempre dentro da lei. “Inquérito policial deve ter como objetivo a apuração de fato determinado e por prazo certo”, escreve.

O editorial do Estado de S. Paulo afirma que não deve haver “exceções” quanto a legalidade de operações autorizadas pela justiça.

O colunista Merval Pereira, integrante do Conselho Editorial do Grupo Globo, diz que cabe a Alexandre de Moraes “mostrar as provas e os indícios que o levaram a aceitar esse pedido. Acredito que os tenha; se não tiver, terá sido uma ação completamente irresponsável”.  Também diz que o ministro deve se explicar, dando “transparência a seus atos”.

O colunista Merval Pereira escreveu no jornal O Globo que a conversa dos empresários não pode ser considerada crime. “Nos diálogos, não há nenhuma indicação de que estejam preparando um golpe”, afirmou.

Poder 360

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Postado por MOSSORÓ NEWS

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