A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira, 16, o convite ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para esclarecer as mudanças na política de preços da estatal. Mais cedo, a companhia divulgou a modificação nas regras para definir os valores dos combustível. A partir de agora, a empresa vai abandonar a paridade internacional.
A proposta, de autoria de Alessandro Vieira (PSDB-SE), tem como objetivo comunicar adequadamente essa mudança e garantir o funcionamento correto da estatal. Segundo ele, nenhuma empresa pode operar com preços excessivos, que prejudicam os consumidores, nem com preços subdimensionados, que poderiam causar danos à companhia.
A data da audiência com Jean Paul Prates no Senado ainda será definida oficialmente. Ele se encontrou pela manhã de hoje com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Mudança na política da Petrobras
A paridade internacional de preços foi adotada pela Petrobras em 2016, durante a gestão do ex-presidente Michel Temer. Na época, a empresa enfrentava uma crise financeira devido à política de controle de preços implementada pelo governo de Dilma Rousseff, que causava prejuízos significativos.
A medida tinha como objetivo alinhar os preços dos combustíveis no mercado interno aos preços internacionais do petróleo e do dólar. Assim, as oscilações do mercado internacional eram repassadas diretamente para o mercado brasileiro, seguindo uma periodicidade definida.
Essa mudança representou uma quebra em relação à política anterior, na qual os preços dos combustíveis eram controlados pelo governo, e foi implementada com o intuito de aumentar a autonomia da Petrobras e permitir uma maior aderência aos padrões internacionais de precificação.
Revista Oeste