Um dos países com as regras mais rígidas impostas durante a pandemia de Covid-19, a China flexibilizou as medidas da política Covid Zero em dezembro de 2022.
Desde então, registrou um aumento significativo de infecções pelo coronavírus. A circulação da variante XBB, da Ômicron, favorece a transmissão da doença no país asiático.
A China pode estar diante de uma nova onda de Covid-19, com uma previsão de até 65 milhões de casos por semana com pico no final de junho.
A estimativa é do renomado cientista Zhong Nanshan, especialista em doenças respiratórias, que identificou os primeiros casos de coronavírus em 2003, associados à SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
As declarações foram feitas em uma conferência científica na cidade de Guangzhou, relatadas pelo jornal Pengpai Xinwen (The Paper) de Xangai.
De acordo com a publicação, o especialista afirmou ao público que a onda iniciada no final de abril foi “antecipada” e que sua modelagem sugeria que a China poderia estar se aproximando de 40 milhões de infecções por semana.
Cenário epidemiológico
Globalmente, quase 2,3 milhões de novos casos e quase 15.000 mortes foram registrados nos últimos 28 dias analisados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que compreende o período de 24 de abril a 21 de maio, uma queda de 21% e 17%, respectivamente, em comparação com os 28 dias anteriores.
Foram observados aumentos nos casos relatados nas regiões da África e do Pacífico Ocidental e aumentos nas mortes nas regiões da África, Américas, Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental. Até 21 de maio, mais de 766 milhões de casos confirmados e mais de 6,9 milhões de mortes foram relatados globalmente.
CNN Brasil