Por Ismael Sousa
A disputa entre os sindicatos que representam os servidores e o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (SD), atingiu um ponto de ruptura. Uma greve geral foi aprovada nesta segunda-feira (19), e os servidores irão paralisar suas atividades a partir da próxima semana. Eles exigem a retirada de pauta do Projeto de Lei 17/2023, enviado pelo executivo à Câmara Municipal de Mossoró.
A deflagração da greve, incitada pela vereadora Marleide Cunha e pela deputada Isolda Dantas, ambas do PT, confirma que os sindicatos perderam a batalha da narrativa contra o prefeito. Allyson iniciou uma maratona de entrevistas em emissoras de rádio e TV, além de coletivas, para esclarecer os pontos do PL, afirmando que nenhum direito dos servidores será retirado.
O impasse se intensificou com as exigências de ambas as partes, sindicatos e prefeito, para uma conversa e busca de consenso em relação ao projeto. Nenhum acordo para reunião foi alcançado.
Nessa disputa, o Sindicato e as parlamentares petistas optaram pelo radicalismo. A greve serve como plataforma eleitoral para aqueles que irão concorrer nas eleições do próximo ano, porém, acarreta prejuízos para os serviços públicos, como aulas na rede municipal de ensino e atendimento nos postos de saúde, entre outros.
E quanto aos demais vereadores da oposição? Sem uma narrativa incisiva e um confronto direto com a administração municipal, eles acabam incentivando o conflito, jogando gasolina na fogueira e buscando obter o máximo de vantagem política possível, sem se queimar com as brasas ardentes do embate.