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Taxa de abertura de novos negócios como MEI no RN desacelera e registra queda de 61,1% no primeiro semestre de 2023

A queda na abertura de novos negócios já vinha sendo observada desde o ano passado, após um período de grande crescimento das formalizações em 2020 e 2021, impulsionado pelo desemprego e benefícios oferecidos pelo Governo.

Foto: Reprodução

No Rio Grande do Norte, a taxa de abertura de novos negócios na categoria de Microempreendedor Individual (MEI) sofreu uma desaceleração no primeiro semestre deste ano, registrando um decréscimo de 61,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Dados da Receita Federal mostram que entre janeiro e junho de 2023 foram criadas 3.962 novas empresas, enquanto no mesmo período de 2022 esse número foi superior a 10 mil.

A categoria de MEI historicamente apresentava uma curva ascendente de registros, impulsionada pela facilidade e benefícios proporcionados aos empreendedores optantes. Nos últimos cinco anos, a quantidade de empresas formalizadas como MEI no RN praticamente duplicou, com um aumento de 97,2%, totalizando a criação de 90,7 mil negócios. No entanto, em 2023, essa tendência não se confirmou, pelo menos não no primeiro semestre.

No mês de junho, o Rio Grande do Norte contabilizou um total de 906 microempreendedores registrados. Em comparação com o mesmo mês de 2022, quando mais de 1,6 mil potiguares tornaram-se donos do próprio negócio via MEI, essa cifra representa uma redução significativa de 44,3%. No entanto, especialistas apontam que esse cenário é reflexo dos desafios impostos pela pandemia nos anos anteriores.

O gerente da Agência Sebrae Grande Natal, Thales Medeiros, destaca que os anos de 2021 e 2022 foram impactados pelos desafios da pandemia, afetando as curvas de formalização e baixa de MEI, respectivamente. A queda na abertura de novos negócios já vinha sendo observada desde o ano passado, após um período de grande crescimento das formalizações em 2020 e 2021, impulsionado pelo desemprego e benefícios oferecidos pelo Governo.

A categoria jurídica do MEI tem sido a principal porta de entrada para potiguares e brasileiros em geral no mundo dos negócios. As vantagens oferecidas por essa figura jurídica, como menor carga tributária em comparação com outras categorias do Simples Nacional (microempresas e empresas de pequeno porte), têm atraído empreendedores.

O MEI paga apenas um valor fixo mensal, aproximadamente 5% do salário-mínimo vigente, e ainda oferece seguridade social e benefícios como aposentadoria, auxílio maternidade e auxílio-doença. Além disso, o registro como MEI permite a obtenção de um número no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), possibilitando a emissão de nota fiscal, participação em licitações públicas e a contratação de um empregado com carteira assinada.

No entanto, é importante destacar que a formalização como MEI também requer obrigações, como a entrega da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI), que comprova o faturamento do negócio no ano anterior e se este não ultrapassou o teto definido para essa categoria.

Apesar da desaceleração no primeiro semestre de 2023, especialistas acreditam que a tendência de abertura de novos negócios por oportunidade deve se normalizar em relação ao período pré-pandemia. Entretanto, para obter uma análise mais sólida e confirmar essa tendência, será necessário aguardar mais tempo e coletar mais dados.

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Written by Erinaldo Silva

Erinaldo Silva é um jornalista potiguar de destaque, nascido em 25 de março de 1985 em Felipe Guerra, RN. Com uma carreira brilhante e apaixonado pela comunicação, ele se tornou influente na região, conquistando o respeito dos mossoroenses e sendo agraciado com a cidadania mossoroense. Sua experiência inclui passagens por rádios e jornais impressos, abordando com competência temas diversos, desde política e economia até outros assuntos.

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