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Concurso de praças da PM é suspenso no RN por ausência de prova de redação

Polêmica medida gera debate sobre regulamentos e impactos na administração pública.

Curso de formação da PM em 2021. Justiça determinou no novo concurso que Estado não faça matrícula no curso de formação até aplicação da prova de redação — Foto: PM/Divulgação

A Justiça do Rio Grande do Norte tomou uma decisão que resultou na suspensão do concurso de praças da Polícia Militar nesta segunda-feira (7). O motivo foi a falta da prova de redação durante a primeira etapa do certame, o que é exigido por uma lei estadual. O Ministério Público do RN moveu uma ação civil pública que resultou nessa paralisação.

O juiz Bruno Lacerda Bezerra Fernandes ordenou que o governo do estado realize, em um prazo de até 90 dias, a prova de redação do concurso público para os aprovados na última etapa, que é a de Investigação Social.

Até o momento desta segunda-feira (7), o Comando Geral da Polícia Militar não havia sido oficialmente notificado da decisão e se absteve de comentar sobre ela, conforme declarado pela assessoria de comunicação da instituição.

Essa não é a primeira vez que o concurso da PM é suspenso pelo mesmo motivo. Em maio, a Justiça do RN já havia determinado uma suspensão temporária do certame também por conta de uma ação do Ministério Público do RN, movida após uma denúncia feita por um candidato.

O juiz desta vez ordenou que o Estado não efetive a matrícula de candidatos no Curso de Formação de Praças da PMRN antes da publicação do resultado final definitivo do concurso público, que deve incluir a pontuação obtida na prova de redação. O descumprimento dessa determinação resultará em uma multa diária de R$ 10 mil, limitada a R$ 300 mil.

A decisão foi motivada pela constatação de que o edital não contemplava a aplicação de provas de redação conforme exigido pela legislação estadual. A banca responsável pelo concurso é o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC).

O governo do RN argumentou em sua defesa que modificações na lei estadual permitiam à banca organizadora do certame da Polícia Militar do estado optar entre realizar ou não a prova de redação.

Além disso, alegou que os candidatos que denunciaram irregularidades fizeram isso somente após terem obtido resultados desfavoráveis nas provas objetivas do certame. Também foi destacado o possível prejuízo à Administração Pública que uma eventual decisão favorável à ação acarretaria, como a necessidade de remarcar as provas.

O concurso, que teve o edital divulgado em janeiro deste ano, visa o preenchimento de 1.128 vagas para o Curso de Formação de Praças (CFP) e 30 vagas para o Curso de Formação de Praças Músicos (CFP – Mus). A prova objetiva ocorreu em 16 de abril, com resultados definitivos anunciados em 15 de maio. A avaliação de habilitação musical e o teste de condicionamento físico estavam agendados para ocorrer entre 21 e 31 de maio. O concurso é conduzido pelo Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC).

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Postado por Erinaldo Silva

Erinaldo Silva é um jornalista potiguar de destaque, nascido em 25 de março de 1985 em Felipe Guerra, RN. Com uma carreira brilhante e apaixonado pela comunicação, ele se tornou influente na região, conquistando o respeito dos mossoroenses e sendo agraciado com a cidadania mossoroense. Sua experiência inclui passagens por rádios e jornais impressos, abordando com competência temas diversos, desde política e economia até outros assuntos.

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