Mais uma vez, o Brasil é palco de uma cena que parece saída de um roteiro de filme de comédia: a fuga de presidiários de unidades prisionais supostamente de “segurança máxima”. Se já não bastasse o vexame em Mossoró, agora é o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, que entra para a lista de locais de onde a palavra “segurança” parece ter sido abolida do vocabulário.
Na madrugada desta segunda-feira (04/3), dois internos, Naudiney de Arruda Martins, 33 anos, e Douglas Luan Souza Anastácio, 34, decidiram que a rotina monótona das celas já não lhes bastava e optaram por uma escapada digna de filme. Como se estivessem em uma cena de “fuga mirabolante”, os detentos simplesmente jogaram uma corda sobre o muro lateral do presídio estadual e partiram para a liberdade. Detalhe: este é o mesmo presídio onde, aparentemente, a ideia de instalar câmeras de segurança passou longe.
O Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho”, inaugurado em 2001 e localizado na Rua Indianápolis, Jardim Noroeste, tem a pomposa designação de “segurança máxima”, destinado a presos condenados do sexo masculino em regime fechado. No entanto, a realidade parece distante dessa descrição. Em vez de ser um símbolo de punição e controle, tornou-se um cenário de escapadas bem-sucedidas, onde a palavra “segurança” soa como um sarcasmo amargo.
A pergunta que fica é: até quando assistiremos a esse espetáculo deprimente de ineficiência e descaso com a segurança pública? As autoridades competentes precisam urgentemente repensar suas estratégias e investir em medidas que realmente garantam a integridade do sistema prisional. Enquanto isso não acontece, os brasileiros continuarão assistindo perplexos às fugas cinematográficas que transformam presídios de “segurança máxima” em motivo de piada nacional.