Professores e técnicos-administrativos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) deflagraram uma greve nesta segunda-feira (22), aumentando a pressão sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Este movimento é significativo, considerando o histórico apoio dos educadores ao PT. A paralisação afeta a rotina de aproximadamente 52,7 mil alunos em vários níveis de ensino, sinalizando um impacto considerável na instituição.
As reivindicações dos grevistas, segundo o sindicato Adurn, incluem um reajuste salarial linear de 7,06% ao ano de 2024 a 2026, totalizando 22,8%, além da reestruturação de carreiras e da recomposição orçamentária para as instituições federais de ensino. Essas demandas indicam uma insatisfação crescente com a ausência de melhorias nas condições de trabalho e nos investimentos em educação superior sob a atual administração federal.
Além disso, a greve se alastra por outras 51 universidades e cerca de 470 Institutos Federais em todo o país, liderada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), que reúne mais de 60 seções sindicais.
Apesar da greve, a UFRN optou por não suspender o calendário acadêmico, mantendo as atividades, enquanto o reitor José Daniel Diniz Melo criou uma Comissão Interna de Mediação Organizacional para facilitar o diálogo durante a greve, refletindo os desafios enfrentados pelo governo para manter seu suporte entre uma base tradicionalmente aliada.