Por Gilberto de Sousa
Pré-candidata ao governo do Rio Grande do Norte pelo partido Brasil 35(ex-Partido da Mulher Brasileira), a ex-vereadora Clorisa Linhares afirma ter plantado uma semente quando iniciou sua luta para chegar ao governo do Rio Grande do Norte e teve a trajetória interrompida por ações partidárias que lhe puxaram o tapete.
Agora com energia renovada, ela garante ver germinando as sementes que plantou, pela ótica da receptividade popular por onde passa.
A confiança do povo na sua mensagem aumenta em contraponto a insatisfação que o governo Fátima Bezerra(PT) tem produzido.
“Ela não avançou em nada. Não vejo uma grande obra. Não se vê geração de empregos, investimentos na saúde, na educação. Nós estamos saindo de uma pandemia, há dois anos as escolas sem funcionar e só agora se falando em reforma. Por que isso não foi realizado antes, por que não foi feito no período? A gente vê obras que foram pagas, encaminhadas pelos governos passados”, afirma ela, denunciando que a governadora Fátima Bezerra chegou a inaugurar uma escola em Grossos como se fosse de sua gestão, mas que teria sido do governo Robinson Faria.
Nesta entrevista ela ressalta que o governo está fazendo caixa à custa dos profissionais da segurança. Ela também fala de ações que pretende implementar caso seja eleita governadora e diz como estão sendo encaminhadas articulações e conversas com outros partidos. Confira:
REDE NEWS – Como é que a senhora está vendo o cenário político majoritário no Rio Grande do Norte, no momento em que o quadro mostra dificuldade da oposição em formatar uma chapa convergente de enfrentamento concreto à governadora Fátima Bezerra, motivo pelo qual alguns setores aliados estariam até de “salto alto” contandcom o a reeleição certa? Como a senhora observa esse momento?
CLORISA LINHARES – Eu discordo. Não penso que ela está de sapato alto. Há uma insatisfação popular. Eu estou caminhando pelo Estado todo com a Caravana da Fé e conversando com o povo. E a gente está vendo uma população muito insatisfeita, tanto no segmento da saúde, quanto da educação. Você vê as estradas precárias, muita gente passando fome. Eu nunca vi o Rio Grande do Norte com tanta precisão como a gente está vendo hoje. Então eu acredito que ela tem um público, o próprio PT com um percentual que sempre se mantém em todas as eleições. Mas existe um sentimento de insatisfação por parte da população. Então eu acredito que não é tudo isso que estão se falando, se pintando.
RN – A senhora foi pré-candidata em uma oportunidade, não conseguiu ser candidata por falta de apoio dos partidos aos quais esteve filiada. E agora? Está renovada? Com entusiasmo redobrado?
CL – Com certeza. Na pré-campanha passada eu caminhei por um ano por todo o Estado, e tive a oportunidade de plantar uma semente. Confesso que eu não tinha a noção e nem ideia do trabalho feito. Agora, com essa nova pré-candidatura eu estou tomando consciência de que aquilo realmente foi uma semente. As pessoas me abraçam e dizem que estavam me acompanhando e que ficaram tristes com a minha saída. Então por isso eu acredito no reconhecimento do trabalho que foi feito, e que a gente não começou do zero. A grande verdade é que hoje, ao contrário do passado, eu precisei sair desbravando todas as cidades, procurando chegar a todo o público. Hoje as pessoas já me ligam quando tem conhecimento que eu estou pré-candidata para que possa fazer visitas em seus municípios. Com isso a gente percebe que aquele trabalho feito lá atrás, serviu. Sem falar que na Psicomotricidade Relacional que à época eu levei para o Estado, hoje é lei em 10 municípios, Mossoró e capital. Aqui ainda ficou a semente para 70 municípios.
RN – Explique mais ou menos como é esse projeto?
CL – A Psicomotricidade Relacional é uma metodologia de transformação social que você aplica na parte da assistência social de saúde e da educação. Digo isso com propriedade: É uma ferramenta riquíssima e poderosa porque o meu filho nasceu com uma síndrome rara, foi desenganado pela medicina e hoje está levando uma vida normal graças a essa metodologia. E eu não seria essa mulher que vos fala, se não tivesse passado também pela parte terapêutica com essa metodologia. Fora isso, a gente acompanha lá em Fortaleza, em escolas localizadas em favelas, o índice de violência diminuiu e a escolaridade só aumentou. E essas escolas foram até premiadas, com os resultados da metodologia.
RN – Essa bandeira que a senhora acompanha também, hoje, naturalmente inclui a necessidade de se cuidar da saúde mental?
CL – Com certeza. Inclusive estou fazendo a minha terceira faculdade que é em psicologia. Tenho graduação em contabilidade e em direito. E agora em psicologia. E também aproveito para deixar registrado, que a única governadora, se eu for eleita, é claro, estudou na UERN tanto falada por todos os governos. Mas ninguém nunca estudou, fez uma graduação e duas pós em segurança pública e cidadania lá, e contabilidade gerencial. Pois bem, é muito importante essa metodologia, principalmente no que diz respeito ao emocional, tratando as crianças com deficiência. Razão pela qual eu defendo essa bandeira porque eu vivi. O meu filho já vai fazer 30 anos, mas a minha vida foi de muita luta em torno das dificuldades porque ele tinha um QI de 60 e, graças a Deus hoje tem um QI de 85. Então você percebe que a metodologia é uma ferramenta poderosa, barata e que pode ser trabalhada de forma preventiva contra a violência e despertando a parte cognitiva das crianças nas escolas.
RN – A senhora conhece muito também sobre a questão da segurança. Eleita governadora, como essa área será tratada?
CL – A falta de segurança é um mau muito terrível e não se resume a uma ação. Hoje você tem que partir olhando a segurança desde o núcleo familiar, mas tem que ter políticas públicas nas periferias, que é onde surge grande parte da violência e desencaminha os nossos jovens, comprometendo o seu futuro. E o que acontece? Tem que ter políticas públicas lá na base. Mas a gente tem que não só incentivar, mas equipar e atualizar com tecnologia a Polícia Militar, a Polícia Civil. A gente tem o Ministério Público, a parte judiciária e a parte penal. Esses órgãos precisam se comunicar e ficarem harmônicos. O crime hoje está super organizado e o que você percebe é que as instituições que compõem o sistema de segurança pública têm dificuldade até de diálogo, de troca de informações. É necessário que a gente equipe, traga pessoal e também tecnologia. É inadmissível muitas vezes ter de colher dados digitais ainda manualmente, enquanto em um plano de saúde você é reconhecido pela sua digital ou telefone. E mesmo assim hoje a gente tem tecnologia que não está sendo aplicada na segurança. É preciso trabalhar com inteligência e comunicação. Tem que haver uma comunicação pelos órgãos e instituições que fazem a segurança pública, isso tudo aliado a um trabalho voltado às políticas públicas, para aquelas pessoas menos favorecidas.
RN – A senhora que tem andado muito pelo estado, e naturalmente ouvido o clamor da população, a aflição em alguns setores. Na sua ótica, onde a governadora Fátima está falhando? Em que ela avançou?
CL – Ela não avançou em nada. Não vejo uma grande obra. Não se vê geração de empregos, investimentos na saúde, na educação. Nós estamos saindo de uma pandemia, há dois anos as escolas sem funcionar e só agora se falando em reforma. Por que isso não foi realizado antes, por que não foi feito no período? A gente vê obras que foram pagas, encaminhadas pelos governos passados. Por exemplo, a escola de Grossos, a Coronel Solon, eu estava vereadora quando estive na Secretaria de Educação, à época o governo era Robinson Faria, e esse projeto já estava em andamento através do Banco Mundial. Ela foi inaugurar como se a obra fosse dela. Então a gente que acompanha de perto tudo isso, sabe que realmente ela não produziu muita coisa. O que o povo está falando? Fome. Tem muita gente passando fome. E tem gente que não tem um remédio, uma gaze. As pessoas vão aos hospitais e não tem. E as pessoas têm clamado porque não estão recebendo assistência para quem está doente. Não só as doenças físicas, mas também as psicológicas. E a fome. A falta de segurança é um grande problema. Antigamente era assalto, roubos e furtos. Hoje são arrastões. Mas o problema da fome está em primeiro lugar porque é muito triste a pessoa não saber o que vai comer porque não tem. Uma família com várias crianças dentro de casa, por exemplo, sofre uma situação deplorável. Não há como não se sensibilizar.
RN – A senhora acredita que essa questão da fome e da miséria que se processa no Rio Grande do Norte tem a ver com esse reflexo na segurança? E o estado devia trabalhar mais a base?
CL – O estado hoje não tem programas de incentivo à geração de emprego e renda. Os pequenos e micros empreendedores estão realmente abandonados. Quem é que emprega a população? O micro e pequeno empreendedor. Em qualquer região do país, se você for olhar os dados, quem é responsável pelo maior número de empregos? São os micro e pequenos empreendedores. Se não falta uma política que incentive isso, consequentemente gera um emprego para aquela pessoa da família que possa trazer seu sustento. Ao contrário, também não tem programas suficientes para atender àquelas pessoas que estão desempregadas no momento e não tem como sobreviver só com a alimentação. A questão da segurança já é consequência dessa miséria, de tudo isso. E só agrava porque o jovem que está passando fome, ou quer vestir uma roupa, quer ter um celular, com a idade bem inferior e não tem discernimento se torna presa fácil para ser atraído para o crime, que lhe oferece dinheiro e aparente facilidade. Um bom dinheiro pra ele ser “aviãozinho” ou outra coisa e aí começa a se multiplicar. Então, toda desigualdade social gera violência. Isso é um fato e a gente tem constatado isso, tendo se agravado com o aumento do desemprego e com o fechamento de muitas empresas durante esse período pandêmico. É necessário ter políticas públicas que tragam renovação e resgate.
RN – A senhora avalia que as políticas públicas aplicadas pelo governo não têm conseguido produzir efeito positivo, praticamente?
CL – Olha, muito pouco. Eu vejo mais propaganda do que política na sua efetividade. É lamentável. E eu estou falando do dia a dia, do pé no chão e dos bairros. E eu convido aqui qualquer pessoa, porque se fala que contratou tantos policiais. Mas diz quantos saíram? Quantos estão doentes ou morreram? Qual é o déficit hoje de pessoal na polícia? Não fala. Vá visitar uma delegacia e ver uma estrutura. Eu queria um cidadão indo a uma delegacia. Porque ele só vai quando precisa. Então vá visitar, por curiosidade. A gente percebe. Vá pra questão da Polícia Militar, ter esse contato direto, ver condições de trabalho. Mas na hora em que o problema se instala, quem é que está na rua? Quem é que serve de escudo? É a Polícia Militar seguida da Polícia Civil. São os primeiros quem chega para nos defender. E aí eu lhe pergunto: Quais são as políticas públicas que levam uma cesta básica ou alimento a essas pessoas?
RN – Há informações sobre um programa específico de saúde mental para a polícia?
CL – Eu não vejo. Muitos policiais estão morando em favelas, e periferias onde o crime está mais organizado do que a própria estrutura de segurança. Como é que vive uma pessoa dessas que a família está ali dentro? Sofrem ameaças. Eu sou casada com um delegado de polícia há 30 anos e ele delegado há 25, agora aposentado. Fui policial penal e a gente sofre ameaças. A nossa família sofre ameaças. Eu quero que eles tragam faixas para estes profissionais. Agora estão querendo, o Governo do Estado está querendo fazer caixa à custa dos trabalhadores da segurança.
RN – Como a senhora explica isso?
CL – Porque o salário já está dentro do orçamento da previsão para pagar. E aí estão querendo diminuir. Eles não estão brigando por aumento. Estão brigando para manter o salário devido a uma perda que chega a 30%. E aí o que é que acontece? No Estado, a governadora precisa regularizar a questão da lei. Então é um problema de constitucionalidade. Fizeram isso com o Ministério Público e porque não fazem com o policial que está em campo, nas delegacias de estrutura terrível.
RN – Um dos setores mais ricos do Rio Grande do Norte é a chamada indústria do turismo. Assim como outros quadrantes do estado, a nossa região Oeste, por exemplo, guarda grandes potencialidades. Todos os governantes em campanha têm assumido o compromisso de interiorizar as ações do turismo, mas essas tais ações chegam muito tímidas por aqui. A senhora teria uma proposta concreta nessa linha?
CL – Olha, o turismo é uma das alavancas para resolver os problemas do Rio Grande do Norte. E sei por que não utilizam. Antigamente eu achava que era incompetência, mas hoje vejo que são eles que não querem. Querem o povo vulnerável para que em períodos eleitorais possam estar dando migalhas e se manter no poder. Não tem outra justificativa. Porque o nosso estado é rico em vento, rico em sol. Energia solar e eólica. Cerca de 60% da produção eólica é no nosso estado. Aí vem a parte do lençol freático, a de hídrica, petróleo e gás. Os minerais lá do interior, e ainda tem o potencial do turismo religioso que a gente tem. Aí vem o nosso litoral que é diversificado. Onde se tem esse acúmulo de salinas a não ser no RN. A maior produção de todo o sal marinho do Brasil é aqui. Então todas as salinas artesanais e mecanizadas são o que se tem pra se reinventar. Mas infra estrutura através do governo. Na hora que houver a infra estrutura, vem o empreendedor, tanto local como de fora, investir na nossa região. Por exemplo: os aeroportos. Mossoró, meu Deus do céu, uma vez por semana já teve de parar por falta de pagamentos. Aí o de Natal, hoje se vai para Pernambuco e Ceará. Mas pouco se vai pra Natal. Até porque no percurso, para onde mudaram o aeroporto, houve muito assalto. Você vai para as estradas e é um caos. Eu fiz todo o Nordeste. Primeiro eu fui para o litoral e depois voltei pelo sertão. E quando você cruza a divisa de um estado com outro, conhece o nosso pelas péssimas condições das estradas. Aí vamos no mar. Eu já fiz vários cruzeiros. Fiz questão de fazer alguns para ver porque sei do nosso litoral e do nosso potencial. Geograficamente o Rio Grande do Norte está mais próximo da Europa do que qualquer outro Estado. Mas os cruzeiros saem da Bahia, porque aqui não tem como ancorar um transatlântico, um navio grande. Aí dizem “não, é porque tem uma pedra”. E será que a gente não tem tecnologia ou nenhuma parte do nosso litoral para que possa fazer um porto e ancorar novos navios?. Tem. São Paulo não tem o de Santos, que é o maior da América Latina!. Lá em São Paulo, procurou-se uma região que pudesse ser instalada. E, já comentam hoje que um cruzeiro saindo daqui direto para a Europa, no Nordeste, só sai de Salvador. Agora, fiz um cruzeiro recente, lá em Maceió, iria inaugurar um agora em outubro. De onde Maceió tem mais potencial do que a gente?. Então o que é que falta? Vontade!. Na hora que derem infra estrutura, estradas, acessibilidade, hospitais funcionando, essa parte de hotelaria. O primeiro hotel bom para quem vai de Mossoró a Natal é em Touros. O resto é pousada, pequenos hotéis. Aí o turista vem? Não. Vai pra Fortaleza e Paraíba em diante. Porque a gente fica sem atrativos.
RN – A senhora está filiada ao Brasil 35?
CL – É. O antigo PMB (Partido da Mulher Brasileira).
RN – E como tem sido o apoio do partido à sua iniciativa de se candidatar?
CL – O partido passou 3 meses me convidando porque eu estava muito resistente em dizer que não iria. Até porque a política para quem é direita é muito difícil. Primeiro, que a gente teve a experiência passada de passar por 2 partidos que infelizmente puxaram o nosso tapete. Costumo dizer que eu não desisti, não retirei a minha candidatura. Não me permitiram ser candidata. E agora a gente ainda está decepcionada e a família não queria. E se passaram 3 meses, e eu dizendo não. Porque quando a gente vai olhando o cenário, o nosso cenário, quem seriam os candidatos. E para o que eu quero no Rio Grande do Norte, nenhum me representa. Então, por falta de opção e na perspectiva de transformar este estado rico, num dos mais ricos do Nordeste, uma potência, eu resolvi colocar o meu nome sim, à disposição novamente. E o partido não tem tempo de TV, não tem fundo partidário. Mas isso não me abala, porque a coragem, a fé e a força de vontade para andar por esse Estado, conversar com o povo, pra mim é minha fortaleza. Eu acho que uma política séria devia ser feita dessa forma. E não recebendo cerca de R$ 5 bilhões, tirando do povo. Sou contra o fundo partidário. E tirar R$ 5 bilhões para financiar uma campanha que vai favorecer um grupo, enquanto a população passa aí vítima da miséria, no abandono.
RN – E a senhora tem conversado com outros partidos?
CL – Com certeza. A política é feita com conversas. A gente precisa conversar. Existem vários partidos com quem está sendo mantido diálogo. Embora a gente ainda não tenha nada definido. Há partidos que não há o que conversar porque são os responsáveis por esta situação. E nós estamos tendo esse cuidado.
RN – É a questão das composições?
CL – É. E a proporcional já está bem organizada no nosso partido. Tanto no estadual como no federal. Mas existe a questão do vice-governador, a vaga de senado e a suplência. Então isso são coisas que podem ser formalizadas porque a legislação só permite a coligação na majoritária. Na proporcional não.
RN – A senhora sabe que parte do povo é meio arredio à política como um todo. E como é que tem sido recebida na casa das pessoas?
CL – Eu faço parte desse grupo. Tem pessoas com mais de 50 anos que estão aí liderando e pra mim são coronéis. E então está sendo uma recepção muito boa. Eu fui professora aqui em Mossoró, lá no Elizeu Viana; policial penal durante 5 anos; trabalho no Tribunal de Justiça com atendimento ao público. Tem aqueles micro e pequenos empreendedores. Sempre fiz trabalho na área social. Existe o Realizando Sonhos. Sou evangélica e sempre frequento as igrejas fazendo testemunho. Então na verdade eu faço parte do povo. Eu não tenho essa mácula na minha vida, no meu histórico, de pessoa corrupta ou que se corrompeu. Até a minha passagem pela política, quando eu fui vereadora em Grossos, nem sequer salário recebia. Revertia tudo em projetos para pessoas dependentes e com os pobres. É assim que eu penso política. Eu sempre fui coerente com o que falo. Graças a deus as portas estão se abrindo. Peço a Deus que dê tempo de fazer e atender a todos os convites que estão aparecendo. São muitos.
RN – Uma mensagem final:
CL – Agradecer pelo espaço. A maior dificuldade da gente tem sido a imprensa. Às vezes eu vou para a capital e nem consigo muita abertura. Mas tem bons profissionais lá em Natal que nos recebem. Aqui tem algumas complicações que a gente tem lá, umas querendo queimar aquilo que a gente faz com responsabilidade. Há uma dificuldade muito grande em se ter espaço na mídia. Eu quero deixar um recado: Você que reclama, diz que todo mundo é ladrão, que não presta, primeira coisa, coloque-se à disposição, dê seu nome para ser candidato. E se você vai lá e diz: Deus me livre! Tenho duas coisas, pra lhe dizer: primeiro não reclame pela situação depois. Você precisa fazer alguma coisa. Seja agente da mudança. Indo votar e exercendo o seu papel, escolhendo alguém que ache possa a diferença. E outra coisa, não venda seu voto. Porque quando se vende o voto, o resultado é esse que todo mundo passa. No coletivo sofre todo mundo junto.
Fotos: Cedidas/Assessoria