O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta segunda-feira, 7, a política de preços da Petrobras e afirmou que convocou uma reunião nesta tarde para debater a recente disparada do petróleo no mercado internacional e os impactos nos combustíveis. O preço do barril do tipo Brent — referência para a estatal brasileira — encostou em US$ 140 no início desta semana em meio aos conflitos no Leste Europeu, e pressiona a Petrobras por reajustes. Desde 2016, a petroleira adota o preço de paridade de importação (PPI), política que baseia o valor cobrado às distribuidoras domésticas de acordo com a variação do petróleo no mercado global. “É algo anormal, o barril do petróleo saiu da casa dos US$ 80 para US$ 120. Agora, tem uma legislação errada feita lá atrás que tem uma paridade com o preço internacional. Ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo”, disse o presidente em entrevista à Rádio Folha, de Roraima.
Bolsonaro afirmou que convocou uma reunião para esta tarde com membros dos Ministérios da Economia e de Minas e Energia, além de representantes da Petrobras, para debater a questão. O encontro será com a equipe técnica e não deve contar com a participação dos chefes das Pastas. Segundo o presidente, caso a estatal faça o repasse integral, os combustíveis sofrerão aumento de 50%, o que “não é admissível”. “A população não aguenta uma alta com esse percentual aqui no Brasil”, afirmou. Após alcançar as máximas, o petróleo tipo Brent recuou para a casa de US$ 125. Na semana passada, quando o barril chegou próximo de US$ 120, a defasagem do preço cobrado no mercado doméstico pela Petrobras acumulava defasagem de 25% em comparação ao valor internacional, a maior diferença desde 2012, segundo estudo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Jovem Pan