Cotado como possível opção para disputar o governo do Rio Grande do Norte contra a governadora Fátima Bezerra (PT), o senador Styvenson Valentim (Podemos) afirmou, em entrevista exclusiva ao AGORA RN, nesta sexta-feira 1º, que apesar de ter ficado em 2° lugar na última pesquisa de intenção de votos, feita pelo Instituto Seta, ainda não decidiu se irá ou não se candidatar. E que a única coisa que pode fazê-lo se decidir pela disputa é a vontade dos potiguares.
“A minha decisão e do meu grupo serão sempre, exclusivamente, para a população do Rio Grande do Norte. Meu único aliado e fator de decisão será o povo. Se eles não quiserem que eu seja o governador, me manterei no status atual, na missão que me foi atribuída em 2018”, afirmou.
Embora ainda não tenha uma definição, o nome do senador, que está em seu primeiro mandato no Senado Federal, tem ganho cada vez mais espaço e força nas pesquisas de intenções de voto. Apesar disso, ele disse que prefere deixar os “especialistas em política e os que só sabem fazê-la em grupo quebrarem a cabeça”. E, como ele “não tem o ímpeto, nem os métodos arcaicos de fazer política que repudio, prefiro aguardar a vontade dos eleitores”.
Para Styvenson, a classe política do Rio Grande do Norte é viciada e não pensa no Estado. “Nunca pensou. Só pensa em seu benefício próprio. Isso seria um dos grandes desafios, caso eu aceite concorrer ao governo do Estado. Esse desafio seria equalizado com aqueles que queiram fazer coisas boas para o RN, pensar no Estado e não em partido político”, afirmou.
“Apenas cumpro a vontade e a missão de uma população que sempre assistiu aos mesmos modus operandi dos políticos brasileiros e, especialmente, do nosso Estado. Nunca perdi a ligação com o povo, mantenho os mesmos hábitos que tinha antes de estar no Senado. E isso faz com que eu os escute pessoalmente, sem interlocutores, quando estou fazendo minha feira, na praia, no meu gabinete, na praça, eu os escuto. O melhor candidato é o que o povo quer e não os que são escolhidos por líderes e grupos políticos”, enfatizou.
“Desrespeito”, disparou o senador, sobre comportamento de Sergio Moro
Questionado sobre a decisão do ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, que desistiu de disputar a Presidência da República para se filiar ao União Brasil, nesta quinta-feira 31, Styvenson Valentim foi enfático ao demonstrar seu desencanto, afirmando que toda a bancada do Podemos no Senado teria sido pegos de surpresa pelo fato.
“O desrespeito que ele teve com os senadores do partido que o acolheram, principalmente, o Álvaro Dias. Eu me dava bem com ele, conversava. Mas, o que aconteceu foi que ele esperou o apagar das luzes para sair do partido de uma forma sorrateira, porque já tinha assinado ficha de filiação antes de sabermos pela imprensa. Isso foi o que causou muito mais chateação entre os senadores do partido”, desabafou, em entrevista a 98 FM Natal
Para Styvenson, a atitude de Moro foi mais abominável. “Bem além de uma traição. É tão decepcionante falar desse assunto, porque tinha a pessoa como uma figura heroica, o admirava. Mas, uma atitude como essa, de não informar, a gente tem um grupo de senadores com ele e em cada oportunidade que a gente tinha para discutir, comentava nesse grupo, e sair da forma que saiu é desrespeitoso”, lamentou.
Agora RN