Conversas pontuais continuam ocorrendo entre partidos oposição a respeito de um posicionamento político em relação às eleições de 2022 no Rio Grande do Norte. A esperada reunião entre os presidentes e líderes partidários, que deveria ter ocorrido ontem, foi adiada para a próxima semana, mas já há quem defenda que uma definição acerca de uma pré-candidatura a governador precisa ocorrer dentro de duas semanas.
Líder do partido Solidariedade na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Kelps Lima, afirma que o principal critério de escolha, seja convidar alguém que, realmente, “queira ser candidato” a governador. “Não adianta mais chamar alguém que tem dúvida, não dá mais tempo”, diz o parlamentar, que presidiu a CPI da Covid na Assembleia e se destaca como um dos deputados mais críticos à gestão da governadora Fátima Bezerra (PT).
O deputado Kelps Lima defende que partidos de oposição construam uma candidatura única para enfrentar a governadora do Estado, um nome consensual em torno do “sentimento popular de desaprovação, que hoje é majoritário, à governadora Fátima Bezerra”.
Para Kelps Lima, é possível que essa reunião entre os presidentes de partidos de oposição ocorra nesta segunda-feira (11), para começar a discutir um programa mínimo comum de governo “e no máximo em 15 dias” ter anunciado o nome que mais agrega como pré-candidato a governador. “Tem que colocar quem quer ser, candidatura majoritária é uma tarefa hercúlea”, repetiu o deputado, que não disputa a reeleição e tentará uma cadeira de deputado federal e, prioritariamente, já vinha apoiando a pré-candidatura a governador do ex-prefeito de Olho d-Agua dos Borges, Brenno Queiroga, que em 2018 já havia obtido mais de 106 mil votos para governador pelo mesmo SOLIDARIEDADE.
A oposição capitaneada pelo PL, que já tem o ex-ministro Rogério Marinho como pré-candidato ao Senado Federal, conta com pouco mais de 100 dias – antes do inicio do período de duas semanas para as convenções partidárias, para apresentar um eventual candidato a governador. As convenções para homologação de candidatos majoritários e proporcionais ocorrerão entre 20 de julhgo e 05 se agosto.
A TRIBUNA DO NORTE entrou em contado com alguns partidos, que confirmaram o adiamento da reunião. O presidente estadual do União Brasil, ex-senador José Agripino, estava voltando do Rio de Janeiro, ontem, e tinha delegado ao deputado federal Benes Leocádio, recém-filiado ao partido, representá-lo nas conversas com o ex-ministro Rogério Marinho, que é pré-candidato a senador e estaria coordenando esse diálogo entre as legendas oposicionistas.
José Agripino já havia afirmado à TN, na quarta-feira (06), que se dispõe a participar das conversas, mas sem “alinhamento automático” com qualquer grupo político. “Não vou aderir a nenhum grupo sem saber das intenções e o que pretende”, resumia.
O PL também confirmou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que não foi possível realizar, ontem, o encontro da oposição.
No meio da semana, Rogério Marinho também havia dito que a mudança dos rumos do Estado deve unir partidos de oposição na escolha do candidato a governador. “O que nos une é a vontade de tirar o Estado da situação na qual se encontra, com esse pacto de mediocridade [do atual governo]. Veja que passamos dois anos sem aula presencial, então, imagine a catástrofe para as crianças que não tiveram o conteúdo dado no tempo adequado”, atacava o ex-ministro.
Tribuna do Norte