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Alienação parental: A sombra do desprezo que afeta gerações

Manipulação emocional, vidas fragmentadas e futuros prejudicados: desvendando a cruel realidade da alienação parental e seus efeitos duradouros.

Foto: Reprodução ilustrativa

Numa sociedade que clama por amor e compreensão, um crime silencioso emerge das sombras: a alienação parental. Esta prática insidiosa, ilegal em muitos países, incluindo o nosso, visa minar os laços afetivos entre um genitor e seu filho, manipulando a criança para que ela rejeite o outro progenitor. A lei prevê penas, porém, a triste realidade é que essas punições raramente são aplicadas, permitindo que a dor da alienação se perpetue.

A angústia vivida por um pai ou mãe que enfrenta o desprezo do próprio filho é uma ferida emocional profunda e dilacerante. Aqueles que antes eram fonte de amor e confiança tornam-se estranhos aos olhos dos filhos, vítimas de influências egoístas que visam atingir o ex-parceiro. Motivados pela incapacidade de superar o fim de um relacionamento, alguns pais se valem da manipulação emocional dos filhos como arma.

Os danos causados por essa conduta são vastos e permanentes. A criança, jogada no meio de um conflito adulto, sofre uma crise de identidade, internalizando uma visão distorcida do genitor alienado. A confusão emocional e a lealdade dividida podem gerar cicatrizes psicológicas de longo prazo, afetando suas relações futuras e autoestima.

É perturbador observar como a sociedade e as autoridades frequentemente ignoram essa grave problemática. A alienação parental não recebe a atenção merecida, apesar de sua natureza destrutiva. Embora a lei não estabeleça uma pena criminal específica para a alienação parental, esta é uma conduta que demanda atenção urgente. É crucial que a sociedade como um todo se sensibilize para a dor dos filhos envolvidos e que as autoridades ajam de maneira mais incisiva para garantir que as medidas previstas sejam aplicadas.

Para enfrentar essa crise, é crucial a implementação de medidas eficazes. A educação pública sobre os danos da alienação parental, desde as escolas até as plataformas de mídia, pode criar uma conscientização que iniba a prática. Além disso, é necessário investir em terapias e acompanhamento psicológico para as famílias afetadas, ajudando-as a superar as barreiras da manipulação.

Particularmente, nas situações em que a guarda dos filhos está com as mães, é vital garantir que o processo de alienação seja identificado e tratado de forma sensível. Oferecer recursos de apoio emocional e psicológico para essas mães pode ajudá-las a enfrentar a situação de maneira mais saudável, protegendo tanto os filhos quanto os genitores envolvidos.

Em última análise, combater a alienação parental é uma tarefa coletiva que requer empatia, educação e ação firme por parte da sociedade, autoridades e instituições relevantes. Somente ao enfrentar esse desafio de frente e aplicar as medidas disponíveis é possível quebrar o ciclo de dor e construir um ambiente onde o amor parental prevaleça sobre o conflito.

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Postado por Erinaldo Silva

Erinaldo Silva é um jornalista potiguar de destaque, nascido em 25 de março de 1985 em Felipe Guerra, RN. Com uma carreira brilhante e apaixonado pela comunicação, ele se tornou influente na região, conquistando o respeito dos mossoroenses e sendo agraciado com a cidadania mossoroense. Sua experiência inclui passagens por rádios e jornais impressos, abordando com competência temas diversos, desde política e economia até outros assuntos.

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