O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) marcou para terça-feira (12), em Natal, o júri popular dos três acusados pela morte do advogado Eliel Ferreira Cavalcante Júnior, de 25 anos, assassinado no dia 9 de abril do ano passado em Mossoró, no Oeste potiguar. Os réus responderão pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado.
Desde o ocorrido, a família de Eliel enfrenta inúmeros transtornos e aguarda pelo encerramento do processo. Mudaram de cidade na tentativa de buscar um ambiente diferente, mas a dor persiste. O pai da vítima, Eliel Cavalcante, destaca a esperança de que o julgamento amenize a angústia da família.
No fatídico dia de abril de 2022, Eliel Cavalcante Júnior foi vítima de pelo menos nove disparos de arma de fogo enquanto conversava com seu namorado, Lucas Emanoel Pereira, na calçada do condomínio em que Lucas morava, no bairro Boa Vista, em Mossoró.
Os réus, Ialamy Gonzaga, Francisco de Assis Ferreira da Silva e Josemberg Alexandre da Silva, enfrentam acusações de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado. A investigação apontou que Eliel e Lucas podem ter sido confundidos com ladrões, resultando em uma abordagem violenta.
A complexidade do caso levou o Tribunal de Justiça a decidir, em julho deste ano, pela transferência do júri popular de Mossoró para Natal. A defesa dos réus alegou a grande repercussão na mídia local e o envolvimento da sociedade mossoroense como fatores para uma possível decisão influenciada no julgamento. Apesar da mudança, a expectativa pela condenação dos réus permanece, conforme o advogado Carlos Firmino, que representa a defesa de Eliel e Lucas no processo.
“A mudança não afeta o conteúdo do processo, existem provas contundentes contra eles. Acreditamos que a sociedade natalense vá proferir um veredito condenatório”, explicou o advogado.
O pai da vítima lamentou a transferência do local do julgamento, ressaltando que o crime ocorreu em Mossoró e a cidade clama por justiça. No entanto, o advogado Carlos Dantas, representante de Ialamy Gonzaga, destacou que a mudança de comarca deverá promover um julgamento considerado justo.
O julgamento é aguardado com grande expectativa pela família da vítima, que espera que a condenação dos réus traga algum alívio para a dor que têm enfrentado desde a tragédia.