Erinaldo Silva
Hoje, decidi abordar novamente o tema da política partidária em Mossoró.
Antes de entrar no assunto, é necessário contextualizar. Cheguei a esta incrível cidade, onde tenho a honra de possuir o título de cidadania, durante a gestão do então prefeito Francisco José Júnior. Torci bastante por ele, pois teve a oportunidade de deixar uma marca memorável na história da chamada ‘Terra da Resistência’, sem a tradicional protagonização da família Rosado. Infelizmente, testemunhamos atônitos o seu fracasso administrativo.
Presenciei a ascensão política do empresário Tião Couto, que ficou muito próximo do sucesso. Vi Dra. Rosalba Ciarlini ser venerada no populoso Bairro Santo Antônio, enquanto buscava comandar o município pela quarta vez, o que acabou conquistando. Diante da iminente volta de Rosalba ao Palácio da Resistência, eu ousava dizer que seria uma grande decepção, especialmente para aqueles que a idolatravam, sem compreender que os tempos e a realidade atual são diferentes. O resultado foi o fiasco administrativo que culminou com a inimaginável chegada do atual prefeito Allyson Bezerra, jovem engenheiro civil e filho de agricultor, ao comando da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, em uma ascensão política meteórica e uma breve passagem pela Assembleia Legislativa.
Enfim, chegamos ao momento político atual em Mossoró, final de janeiro de 2024, ano eleitoral. De um lado, temos a consolidação da liderança do atual gestor, mais experiente e à frente de uma administração com ampla aprovação popular, traçando com segurança sua provável reeleição. Do outro lado, uma oposição fragmentada, uma ala moribunda, liderada, ainda que timidamente, pela ex-prefeita Rosalba Ciarlini, e outra ala mais estridente, liderada pela deputada estadual petista Isolda Dantas, além de pseudo lideranças mais isoladas, que tentam se apresentar como opções, com pensamentos altamente antagônicos que precisam convergir, mas sem um plano robusto de gestão para Mossoró, apenas investidas típicas da velha política e um projeto ainda confuso e sem assinatura para retomada do poder.
À frente de uma administração um tanto centralizada, o prefeito Allyson Bezerra tem suas falhas, evidentemente, afinal, são naturais no processo de amadurecimento de qualquer liderança política. No entanto, ninguém pode dizer que o jovem político não sabe para onde está levando Mossoró. Allyson já demonstrou de maneira detalhada que possui uma visão clara sobre o rumo da cidade no que diz respeito à gestão pública municipal. O “Mossoró Realiza”, plano estratégico de metas e investimentos do Poder Executivo, com projetos que contemplam a duplicação da Avenida Francisco Mota, em conjunto com a construção do Anel Viário ligando a BR-110 à BR-304, a duplicação das pontes da Avenida Presidente Dutra, investimentos em pavimentação asfáltica e com piso intertravado, a construção do camelódromo no centro da cidade, a revitalização do Rio Mossoró, investimentos em eficiência energética e avanços nas áreas de Saúde, Segurança e Educação, entre outras obras não menos importantes, é sem dúvida o melhor e mais arrojado plano de desenvolvimento que o município já teve. E, mais importante, o plano já está sendo colocado em prática.
Então, estas são as minhas atuais impressões. No que diz respeito ao processo eleitoral deste ano, ao que tudo indica, ao final das articulações e anúncios das eventuais candidaturas, a ex-prefeita Rosalba Ciarlini deve liderar a maior ala opositora, e a disputa eleitoral deste ano em Mossoró deverá se dar entre Allyson Bezerra, com seu arrojado “Mossoró Realiza”, e a investida do passado de atraso que o eleitor mossoroense já reprovou. Sem grandes novidades.
