O Rio Grande do Norte teve a sexta maior taxa de desemprego entre os estados brasileiros no segundo trimestre de 2022 – entre abril e junho – segundo dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desocupação no estado foi de 12% e ficou abaixo somente da Bahia (15,5%); Pernambuco (13,6%); Sergipe (12,7%); Rio de Janeiro (12,6%) e Paraíba (12,2%).
Ainda assim, o nível de desemprego potiguar ficou abaixo do observado no período anterior à pandemia da Covid-19. O estado seguiu uma tendência nacional de redução do desemprego. 22 estados registraram queda do desemprego no último trimestre.
A taxa de desemprego no RN era de 13% no último trimestre de 2019. No primeiro trimestre deste ano, a desocupação estava ainda maior no estado, em 14,1%.
Em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, o desemprego registrou uma diminuição de mais de 4 pontos percentuais no estado. A taxa era de cerca de 16% naquele período.
188 mil potiguares desocupados
Em números absolutos, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua estima que a força de trabalho potiguar é de 1,56 milhão de pessoas. Desse total, 1,37 milhão de pessoas estavam ocupadas e 188 mil desocupadas no último trimestre.
Com isso, o número de desocupados teve queda tanto na comparação com o trimestre anterior (-15,3%), quanto no mesmo período do ano passado (-22,4%).
Segundo o IBGE, essas mudanças seguem a mesma tendência observada na Região Nordeste como um todo, em que houve diminuição da taxa de desocupados de 14,9% para 12,7% da população em idade de trabalhar se comparado ao trimestre anterior. A mesma tendência foi observada em nível nacional, com a taxa de desocupados caindo de 11,1 para 9,3%.
São consideradas desocupadas as pessoas que estavam sem trabalho e que tomaram alguma providência para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, fazer inscrição em concurso, entre outras atitudes. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito.
Nível de ocupação
No estado, dos 2,9 milhões de potiguares em idade de trabalhar (14 anos de idade ou mais), 1,377 milhão está ocupado. Isso significa que o nível de ocupação no Rio Grande do Norte é de 47,5%, considerado estável em relação ao trimestre anterior.
A taxa de participação da força de trabalho, que mede a proporção das pessoas ocupadas e desocupadas em relação à população em idade de trabalhar, foi de 54%, abaixo da média nacional de 62,6%.
Número de desalentados diminui no RN
A pesquisa do IBGE também informa sobre a força de trabalho potencial, que engloba os desalentados e os indisponíveis. Embora haja queda nesse indicador em relação ao ano anterior, o dado é estável em relação ao primeiro trimestre de 2022.
Entre abril e junho deste ano, havia 232 mil pessoas na força de trabalho potencial do RN, sendo 151 mil desalentadas e 81 mil indisponíveis.
São considerados desalentados aqueles que não estavam trabalhando nem procuraram emprego nos últimos 30 dias, mas que declararam ter interesse e disponibilidade para trabalhar na semana em que foram entrevistadas.
Entre os indisponíveis estão aqueles que, embora tenham declarado interesse em trabalhar, não teriam condições de assumir uma vaga na semana anterior à que foram entrevistados por motivos diversos, como estudo, afazeres domésticos e cuidado de filhos ou dependentes.
Rendimento no RN é o maior do Nordeste
Estimado em R$ 2.061, o rendimento médio real habitualmente recebido por mês no RN permaneceu como o maior da região Nordeste tanto para homens quanto para mulheres, mas ficou atrás da média nacional (R$ 2.652).
As mulheres ainda ganham menos. No segundo trimestre de 2022, estima-se que as trabalhadoras potiguares tenham recebido, em média, rendimentos de R$ 1.721 por mês, enquanto homens receberam R$ 2.135, em média.
No mesmo período, o nível de ocupação feminino foi de 37,8% no estado, enquanto o masculino foi de 57,9%. Isso representa uma proporção de quase três homens para cada duas mulheres na população ocupada do RN.
G1-RN