Com o elevador da Maternidade Araken Irerê Pinto quebrado há cerca de 15 dias, uma mulher não conseguiu subir as escadas e deu à luz um bebê na entrada da unidade, em Natal. Após o parto, ela precisou subir as escadas amparada por profissionais de saúde para receber atendimento.
O caso aconteceu nesta quinta-feira (11) e foi registrado em vídeo por testemunhas. As imagens mostram a mulher subindo os degraus amparada pelos servidores da unidade. Segundo servidores, a paciente foi encaminhada de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) para a maternidade em avançado estágio do parto.
No local, no entanto, a mulher se deparou com o elevador quebrado e não tinha condições de subir pela escada. Ela teve o parto ainda no primeiro andar e, somente depois, foi auxiliada por profissionais de saúde que a ajudaram a subir a escadaria do prédio. Os partos normalmente ocorrem no segundo andar do prédio.
A maternidade está localizada em novo endereço, no bairro Petrópolis, Zona Leste de Natal, há dois meses, no prédio onde funcionava o Hospital Municipal. Segundo servidores, a unidade já sofria problema com o elevador do prédio antigo, na avenida Rio Barbosa, em Tirol. O equipamento quebrava constantemente.
Tanto que a direção da unidade desenvolveu um protocolo padrão para que os enfermeiros e técnicos em enfermagem possa ajudar as mulheres em trabalho de parto a subir as escadas. Apesar da situação registrada nesta quinta-feira (11), a mulher e o bebê, que nasceu saudável, passam bem.
Segundo a técnica de enfermagem Érica Galvão, que trabalha na unidade e atua o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, os servidores consideram o caso como uma violência obstétrica. Ela afirmou que a paciente já estava com oito centímetros de dilatação, quando chegou à unidade.
“Isso é uma violência obstétrica. Com certeza não foi o melhor momento da vida dela. Um momento que era para ser o mais bonito. Foi trágico, foi difícil, a mulher estava sentindo dor”, declarou. A Secretaria de Saúde do município foi procurada pela Inter TV Cabugi para falar sobre a manutenção do elevador, mas não respondeu aos questionamentos até a última atualização desta matéria.
G1 RN