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‘Nossa orla estava favelizando’, diz prefeito de Natal sobre revisão do plano diretor da cidade

Álvaro Dias defendeu mudanças que permitiram ampliação da ‘verticalização’ da cidade.

Prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), durante entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi — Foto: Reprodução

Após sancionar a lei que revisou o Plano Diretor de Natal no início da semana, o prefeito de Natal afirmou que a nova legislação deverá permitir maior verticalização da cidade, com construção de prédios mais altos nos principais corredores e na orla do município.

“A nossa orla estava favelizando, estava desabitada”, afirmou Álvaro Dias (PSDB), ao defender a mudança.

A declaração do prefeito foi feita em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi, nesta sexta-feira (11).

Álvaro defendeu o aumento do gabarito – a altura máxima dos prédios – que passou de 90 metros para 140 metros em áreas adensáveis e disse que a cidade perdeu 300 mil moradores para municípios vizinhos, na região metropolitana, por causa das limitações impostas pelo plano anterior anterior, aprovado em 2007.

Ele afirmou que foram realizadas “modificações necessárias” e classificou o plano diretor antigo como “arcaico, ultrapassado e caduco”.

“Nos principais corredores da cidade não era permitida a verticalização. Era uma incoerência, porque é nessas avenidas – a Salgado Filho, Hermes da Fonseca, Prudente de Morais, Deodoro da Fonseca – onde estão os serviços, o comércio, o emprego, as escolas, o saneamento, postos de saúde, hospitais, toda a infraestrutura, e o plano diretor impedia verticalizar, de construir prédios e edifícios nesses locais”, disse.

De acordo com o prefeito, Natal ainda é uma cidade “horizontalizada” e a saída de antigos moradores para cidades vizinhas reduziu a arrecadação do município e ampliou os problemas de trânsito, porque essa população continuou trabalhando e exercendo outras atividades na capital, mas causa um grande fluxo de chegada no início da manhã e de saída para essas outras cidades no início da noite.

“Verticalização da orla era outra incoerência que havia no nosso plano diretor. Qual é o local mais agradável de se morar em qualquer cidade? A orla. Aqui não era permitida a verticalização. A nossa orla estava ‘favelizando’, estava desabitada, agora nós vamos permitir a verticalização de maneira gradual. Nos primeiros prédios é menos, e vai aumentando com o passar das ruas. Conforme for ficando mais distante da orla, vai aumentando o potencial de verticalização”, disse.

Apesar disso, Álvaro disse que a praia de Ponta Negra deverá continuar com a vista do Morro do Careca e da praia, na avenida Roberto Freire, uma vez que a área não sofreu grandes modificações.

Na Via Costeira, o novo plano diretor permite construções menores. Antes somente eram permitidos empreendimentos que utilizassem entre 5 mil e 30 mil metros quadrados de área. Segundo o prefeito, a mudança visa ocupar e democratizar a área. “Não houve nenhuma alteração que viesse prejudicar o meio ambiente. Foi uma preocupação dos técnicos que conduziram as discussões e as votações do plano diretor, preservar as belezas naturais, o meio ambiente”, defendeu.

Sobre a mobilidade urbana, o prefeito falou que acredita que uma nova tentativa de licitação do transporte público da capital – que nunca foi feita – seja lançada ainda no primeiro semestre de 2022.

G1-RN

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Written by MOSSORÓ NEWS

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