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Liminar da Justiça Federal suspende processo de destituição de reitora da UFERSA em meio a polêmica

Liminar emitida pela Justiça Federal paralisa temporariamente o procedimento de destituição da reitora Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira da UFERSA, Mossoró. A controvérsia gira em torno de acusações de plágio em sua tese de doutorado e questiona a legalidade do processo de destituição. O caso aborda prerrogativas, competências e questões políticas, gerando repercussão na comunidade acadêmica e na opinião pública.

Foto: Reprodução

A Justiça Federal emitiu uma liminar na quarta-feira (16) que interrompe temporariamente o processo de destituição da professora Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira do cargo de reitora da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), localizada em Mossoró, região Oeste do Rio Grande do Norte.

O pedido de destituição foi formalizado em um ofício datado de 31 de julho, após uma reunião extraordinária do Conselho Universitário (Consuni). O requerimento buscava a anulação ou revogação do decreto que nomeou Ludimilla como reitora em agosto de 2020, e foi encaminhado ao Ministério da Educação (MEC).

Reunião do Conselho da Ufersa que decidiu pedir ao MEC a destituição da reitora — Foto: Higo Lima/Assecom/Ufersa

Essa ação legal surge em meio a um contexto de controvérsia, uma vez que Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira teve seu título de doutora revogado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) devido a acusações de plágio em sua tese de doutorado, apresentada em 2011.

A liminar foi concedida após Ludimilla impetrar um mandado de segurança alegando diversas supostas irregularidades na decisão do Consuni. Entre os argumentos apresentados pela ex-reitora, estão a suposta falta de competência do Consuni para solicitar a destituição, alegações de cerceamento de defesa e possíveis vícios na composição da comissão do Consuni responsável pela decisão.

Além disso, a ação judicial defende que o título de doutor não seria uma exigência para a permanência no cargo de reitor, mas sim uma prerrogativa para figurar na lista tríplice de escolha.

O documento oficial emitido pelo juiz Lauro Henrique Lobo Bandeira também solicita ao Ministério Público Federal que apresente um parecer sobre o caso no prazo de 10 dias.

A controvérsia em torno da nomeação de Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira como reitora da UFERSA começou quando ela foi a terceira colocada na consulta realizada à comunidade acadêmica em junho de 2020. Apesar de ter ficado em terceiro lugar na votação, Ludimilla foi nomeada pelo presidente Jair Bolsonaro em agosto daquele ano, após a lista tríplice ser encaminhada ao Ministério da Educação e à presidência da república.

O caso envolve diversos aspectos políticos e legais, destacando-se a autonomia universitária e a prerrogativa do presidente da república em nomear reitores e vice-reitores das universidades federais, independentemente da posição na lista tríplice. O desdobramento dessa situação continua a ser acompanhado de perto pela comunidade acadêmica e pela opinião pública.

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Postado por Erinaldo Silva

Erinaldo Silva é um jornalista potiguar de destaque, nascido em 25 de março de 1985 em Felipe Guerra, RN. Com uma carreira brilhante e apaixonado pela comunicação, ele se tornou influente na região, conquistando o respeito dos mossoroenses e sendo agraciado com a cidadania mossoroense. Sua experiência inclui passagens por rádios e jornais impressos, abordando com competência temas diversos, desde política e economia até outros assuntos.

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